Os malefícios do tabagismo já são bastante conhecidos. Mesmo para as pessoas que não têm conhecimento sobre as doenças decorrentes do fumo, elas, em sua maioria absoluta, sabem que fumar é prejudicial à saúde.
Recentemente, a revista Human Brain Mapping publicou on-line uma pesquisa realizada na Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern que aborda de que forma o tabagismo afeta o cérebro. De acordo com o principal autor do estudo, o cientista Bogdan Petre, o vício pelo fumo parece tornar as pessoas menos resistentes à dor, especialmente a dor crônica nas costas, a dorsalgia. O tabagismo aumenta em três vezes as chances de que uma pessoa tenha dorsalgia em relação aos não fumantes.
Através da ressonância magnética nos participantes do estudo, descobriu-se que duas regiões do cérebro, o núcleo accumbens e o córtex pré-frontal medial, se comunicam e, dependendo da intensidade da conexão, é possível determinar as pessoas que terão dor crônica. Os estudos indicaram que existe uma forte relação entre a dependência e a dor crônica. Tanto que, durante da pesquisa, houve participantes que decidiram parar de fumar e registraram uma diminuição significativa à vulnerabilidade em relação à dor crônica.
Embora os medicamentos como anti-inflamatórios tenham aliviado a dor, não foram capazes de diminuir a atividade percebida entre as regiões do cérebro citadas. Por isso, a partir desse estudo, novas abordagens poderão vir a ser adotadas contra o tabagismo, eliminando o vício através da mudança de comportamento, para que os mecanismos cerebrais possam ser alterados, reduzindo as possibilidades de dor crônica.