Clínica da dor e reabilitação em Porto Alegre

O alcance da dor persistente

O alcance da dor persistente

Uma pesquisa realizada pelo professor de política e administração de saúde no Washington State University Spokane, Jae Kennedy, com 35 mil famílias, mostrou que quase um em cada cinco americanos sente dor persistente, o que representaria cerca de 39 milhões de adultos com este tipo de dor.

Além dos custos bilionários para tratar a dor persistente, através da perda de produtividade e dos cuidados com a saúde, existe outro fator não dimensionado que é o custo psíquico relacionado à dor.

Quando não devidamente investigada e bem tratada, a dor persistente pode levar à dependência de medicamentos que neutralizam a dor no curto prazo e são utilizados por um período além do recomendável.

A dor persistente é definida como a dor diária ou quase diária com duração de três meses.

Segundo Kennedy, o objetivo da pesquisa foi analisar e concluir exatamente o que seria dor crônica, como a artrite, por exemplo. Ele alerta que as políticas de saúde devem levar em consideração a dor persistente para que tenham uma melhor noção dos custos que ela provoca, tanto econômicos quanto sociais. Para o pesquisador, a dor persistente tem reflexos na vida profissional, familiar e social, e pode levar a um quadro de doença mental ou dependência, de acordo com a gravidade do problema.

O estudo apontou que os idosos são mais propensos a relatar dor persistente, especialmente entre as idades de 60 e 69 anos e que as mulheres estão em maior risco do que os homens.

Um dado importante levantado pela pesquisa foi o relato das pessoas com dor persistente de sentimentos como ansiedade, depressão e fadiga. Segundo Kennedy, “sentir dor o tempo todo provoca de ansiedade. Portanto, é razoável que a dor esteja provocando outros tipos de sofrimento mais psicológico.”

Além de defender novas pesquisas sobre o tema, Kennedy acredita que o paciente deva ser observado e tratado como um todo para que se possa diminuir a dor dele. Se, num primeiro momento, esse tipo de cuidado pode ter custo mais elevado, na medida em que a pessoa retoma suas atividades, trabalha, paga impostos, etc., no longo prazo este custo se diluirá, trazendo resultados positivos econômicos e sociais.

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