Fisiatria é a especialidade do momento. Essa especialidade estuda a reabilitação, promovendo melhora de funções em pessoas com deficiências ou doenças incapacitantes. A palavra se origina do grego “physikos” (físicas/função) e latreia/iotrós (arte de curar, médico).
O fisiatra utiliza agentes físicos e terapias médicas que ajudam na cura e reabilitação do paciente, por isso é o médico da função, o que pode ser um campo mais abstrato e complexo do que imaginamos. Ou seja, o tratamento envolve várias abordagens que devem atuar em conjunto na promoção da qualidade de vida do paciente, com o olhar voltado ao acolhimento e entendimento das necessidades de cada um.
O foco da especialidade é restaurar as funções, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento não-cirúrgico de distúrbios associados à deficiência física. O profissional trata pacientes de várias idades, elaborando uma estratégia multidisciplinar e capaz de tratar condições incapacitantes, como dor aguda e crônica, lesões cerebrais, amputações, derrames, câncer e esclerose múltipla.
Todas as condições exigem reabilitação em longo prazo. Podem prescrever medicamentos ou dispositivos auxiliares, como uma cinta ou membro artificial. Também adotam terapias diversas, como exercícios terapêuticos e eletroterapias. O indivíduo é visto de modo plural.
A reabilitação é o processo de desenvolvimento de uma pessoa em seu máximo potencial físico, psicológico, social, profissional, vocacional e educacional. A equipe trabalha para obter a função ideal, mesmo com deficiência residual. Os resultados do tratamento devem incluir maior independência e mais qualidade de vida ao paciente. O dia a dia nos centros de reabilitação inclui consultas médicas, atendimentos com terapeutas e realização de procedimentos, variando conforme as necessidades do paciente.
Segundo dados de 2011 da Organização Mundial de Saúde (OMS), há mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo. No Brasil, 45 milhões de pessoas apresentam alguma deficiência (IBGE, 2014). Atualmente, a OMS foca no tratamento desse grupo, estimulando o acesso à reabilitação e aos recursos de acessibilidade por meio da inclusão do deficiente na sociedade. A fisiatria é, assim, um campo profissional em ascensão, englobando diversas especialidades médicas clínicas e cirúrgicas. Quando se trata uma pessoa com dor crônica, por exemplo,o tratamento envolve fisiatra, anestesista, ortopedista, neurologista e até mesmo pediatria.
Na fisiatria, não se cuida de doenças, mas sim de indivíduos singulares. São atendidas pessoa de diferentes faixas etárias que sofreram perda funcional. A família também recebe assistência caso seja necessário. O fisiatra define, desse modo, o planejamento de reabilitação baseado na individualidade dos casos, auxiliando não só fisicamente, mas também na reabilitação psicológica e social.