Essa é a especialidade médica do momento e não é à toa: a fisiatria estuda a reabilitação do paciente, trabalhando para recuperar a qualidade de vida e a funcionalidade de pessoas com deficiências ou doenças incapacitantes. É a arte de curar a função.

Para isso, o médico fisiatra utiliza agentes físicos e conhecimento multidisciplinar, envolvendo diversas abordagens que atuam em conjunto e voltadas ao acolhimento e à ‘compreensão das necessidades individuais de cada pessoa. O foco é restaurar as funções, por meio da prevenção, diagnóstico e tratamento não-cirúrgico de distúrbios associados à incapacitação física. Esse profissional trabalha com pessoas de diferentes faixas etárias, como dor aguda ou crônica, esclerose múltipla, derrames, lesões cerebrais e amputações.

Segundo dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando, anualmente, a importância de focar em medidas para melhorar a qualidade de vida desse grupo. A fisiatria está em ascensão, permitindo a maior inclusão dessas pessoas na sociedade.

Essas condições, em geral, exigem um acompanhamento a longo prazo. A reabilitação pode incluir a prescrição de medicamentos, dispositivos auxiliares (cintas), eletroterapias e exercícios terapêuticos. O paciente é visto de forma plural, podendo haver indicação de outras áreas do conhecimento como a psicologia, visando ao máximo potencial de desenvolvimento físico, psicológico, profissional e social.

A equipe trabalha, assim, conjuntamente para promover a melhora progressiva da função, proporcionando mais independência. Na fisiatria, não se cuida de doenças, mas de pessoas únicas. Até mesmo a família recebe assistência, caso seja necessário. O planejamento de reabilitação é feito de forma singular, auxiliando não só fisicamente, mas também na recuperação psicossocial.