Clínica da dor e reabilitação em Porto Alegre

Os mistérios da dor

Os mistérios da dor

Que a dor é desagradável e ninguém gosta de sentir é fato. Mas como ela se processa? Toda dor é igual, diferindo apenas na intensidade? Ou existem vários tipos de dor? De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita nos termos de tal lesão”. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo através das suas experiências anteriores.

A dor se distingue, basicamente, em 3 tipos, a dor nociceptiva, a dor neuropática e a dor central (nociplástica). A nociceptiva é gerada por lesões ou ameaça de lesão de uma estrutura tal como: entorse, cálculo renal, fratura, contusão entre outros. Há três tipos de estímulos que podem levar à ativação dos nervos receptores, variações mecânicas (carga intensa), térmicas (calor ou frio) ou químicos (inflamação)

A dor neuropática ocorre quando há lesão nos nervos no cérebro, medula ou nervos periféricos, normalmente evolui de forma crônica e progressiva. Ela pode ter diversas apresentações como choque, ardência, queimação, coceira e formigamento. Um simples toque ou mudança de temperatura podem ser o suficiente para piorar ou desencadear dor. Com alguma frequência, ela pode ser acompanhada por alteração da coloração da pele (avermelhada ou pálida), da sudorese, perda de pelos e atrofias.

Algumas das causas da dor neuropática podem se: dor ciática, neuralgia pós-herpética, neuropatia diabética dolorosa, neuralgia do trigêmeo, dor fantasma após amputação, dor central (após AVC), após lesão da medula espinhal, pós-operatórias e, também, pode estar presente nas dores oncológicas (quimioterapia)

A dor central ou nociplástica é ligada à sensibilização central da dor, que é a amplificação da sinalização de dor pelo cérebro ou percepção anormal de sinais que não de dor como de dor. As pessoas podem sentir dor em todo corpo, dor que muda de local (vários locais e momentos diferentes), enxaqueca, uma dor desproporcional com uma lesão ou doença moderada.  Este tipo de dor depende de uma predisposição genética é acompanhada de alterações de sono, humor, concentração e memória.

O limiar da dor pode variar significativamente de pessoa para pessoa. E alguns fatores contribuem para um limiar maior ou menor em relação à dor. Estados emocionais, fadiga, idade, raça, sexo e medo influenciam na intensidade da dor percebida pela pessoa. Um indivíduo emocionalmente estável, descansado, tende a ter um limiar de dor maior. E quanto maior o medo, maior a percepção de dor. Pare a dor antes que a dor pare sua vida.

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