Por serem os músculos menos alongados do membro inferior, os isquiotibiais se lesionam mais facilmente durante a contração muscular excêntrica. O estiramento dos isquiotibiais é a lesão mais comum em atletas e a gravidade da lesão é normalmente negligenciada, sobretudo na fase aguda dela.
O diagnóstico da lesão é realizado a partir de um alto índice de suspeita clínica e exame clínico cuidadoso. O exame de ressonância magnética, por exemplo, pode diferenciar entre uma lesão completa ou incompleta, tornando-se valiosa no planejamento do tratamento do estiramento.
Para tratar a ruptura proximal na origem completa dos músculos isquiotibiais – uma lesão rara –, por exemplo, os médicos variam entre o tratamento conservador com um imobilizador em flexão ou o procedimento cirúrgico em um segundo momento. Embora a cirurgia em um segundo momento possa apresentar bons resultados, o procedimento realizado precocemente permite a reabilitação funcional mais rápida e evita o sintoma neurológico potencial de ciática glútea. Veja como ocorre a regeneração do tecido muscular.
• Fase 1: destruição
Ocorre a ruptura e posterior necrose das miofibrilas, além da formação do hematoma no espaço formado entre o músculo roto e da proliferação de células inflamatórias.
• Fase 2: reparo e remodelação
Consiste na fagocitose do tecido necrótico, na regeneração das miofibrilas e na produção concomitante do tecido cicatricial conectivo, assim como a neoformação vascular e crescimento neural.
• Fase 3: remodelação
É o período de maturação das miofibrilas regeneradas, de contração e de reorganização do tecido cicatricial e da recuperação da capacidade funcional dos músculos afetados.