Faça o seguinte exercício: pesquise a palavra “postura” no Google imagens e veja o que aparece. As imagens podem ser distintas entre si,mas a maioria irá tentar mostrar uma ideia de postura ideal. Será que isso realmente existe?

Nossa cultura é de que podemos ajustar a postura de uma pessoa a partir de instruções rígidas de posicionamento, que devem ser mantidas durante todo o dia. Essa visão, porém, sofreu mudanças radicais na última década. Estudos sobre a evolução dos nossos ancestrais evidenciam que uma boa postura se revela a partir da mecânica do corpo e de movimentos eficientes e variados. Até mesmo a forma como o bebê se movimenta influencia diretamente quando e como irá desenvolver sua postura, algo estudado no desenvolvimento neuropsicomotor.

Enxergar a ergonomia como orientação de uma postura fixa, a ser estabelecida o dia inteiro, é provavelmente um erro, já que desenvolvemos uma musculatura postural mais eficaz a partir de movimentos de qualidade e diversificados. Ficar horas com uma postura rígida em frente ao computador não gera benefícios: nossas articulações precisam de movimento, a fim da manutenção de uma mobilidade natural e melhora na nutrição das cartilagens.

A orientação em relação ao bom posicionamento de punhos, colunas e pés contribui, mas é essencial movimentá-los de tempos em tempos, até mesmo se espreguiçando. Assim, você ganha mais pontos do que por manter uma “postura ideal” e rígida.