As estatinas são, atualmente, muito utilizadas para reduzir o colesterol. Entretanto, elas também possuem um efeito colateral comum: a dor muscular. Fraqueza e cansaço muscular são outros sintomas que podem estar relacionados ao uso da estatina.

Especificamente em atletas, as estatinas frequentemente reduzem a capacidade em corridas, uma vez que as adaptações mitocondriais necessárias às células ficam impedidas de acontecer. Com isso, as estatinas podem aumentar as dores musculares de quem pratica atividade física.

Um estudo realizado há poucos anos, em 2013, já constatava esse quadro (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23583255 – Simvastatin impairs exercise training adaptations). Nele, verificou-se a diferença de resultados pela prática de atividade física entre os que usaram e os que não usaram sinvastatina, um tipo de estatina.
Dentre os que não utilizaram estatinas, houve um aumento de 10% na capacidade aeróbica após 12 semanas de prática de exercício específico com supervisão. Além disso, a atividade mitocondrial cresceu 13%.

Em contrapartida, os demais participantes, que fizeram uso de sinvastatina, tiveram uma melhora muito menor em seu condicionamento físico, apenas 1,5%. Já a atividade mitocondrial teve uma redução de 4,5%.

Portanto, um paciente com colesterol alto deve ser avaliado com profundidade para que se estabeleça a melhor estratégia, ou o benefício da atividade física regular, inclusive na prevenção de doença cardíaca, pode se perder por conta do uso de estatinas.