Clínica da dor e reabilitação em Porto Alegre

Complexo pode combater a dor inflamatória sem efeitos colaterais comuns

Complexo pode combater a dor inflamatória sem efeitos colaterais comuns

A quem sofre de dor por inflamação, as opções são: lidar com o problema sem um tratamento, tomar analgésicos opiáceos que podem causar dependência ou usar drogas anti-inflamatórias não esteroides que aumentam o risco de doença cardiovascular ou hemorragia digestiva. 

Mas, em recente estudo, cientistas da Stanford University School of Medicine descobriram um complexo, chamado de Alda-1, que reduz a dor inflamatória em camundongos e ratos que eles supõem não causar dependência, além de ser seguro para o coração e para o sistema gastrointestinal.

Os cientistas têm pesquisado o complexo Alda-1 há mais de cinco anos. Nesse período, observou-se que a enzima chamada aldeído desidrogenase 2 tende a descontrolar os aldeídos tóxicos adicionais que se formam no corpo por causa do estresse oxidativo – como o que ocorre em um ataque cardíaco.

Logo, Alda-1, abreviação de ativador de aldeído desidrogenase 1, “empurra” a enzima em alta velocidade, que quebra os aldeídos tóxicos mais rapidamente e reduz, assim, o tempo para os aldeídos tóxicos causarem danos. O complexo, agora, tem demonstrado agir como um analgésico.

Como a inflamação causa acumulação de aldeídos tóxicos, a possibilidade de que a enzima aldeído desidrogenase 2, que divide os aldeídos tóxicos, regule a dor inflamatória foi questionada. A partir daí, os cientistas fizeram uma série de experimentos para elucidar a relação da enzima com a dor inflamatória.

Primeiramente, demonstrou-se que camundongos e ratos com a pata inflamada sentiram menos dor quando receberam Alda-1. Já a inflamação ficou inalterada após o tratamento com o complexo. Depois, através de bioengenharia, criou-se um rato com uma mutação no aldeído desidrogenase 2.

Em camundongos, a mutação fez aumentar a sensibilidade à dor inflamatória. Então, os cientistas, para demonstrar a resposta à dor aumentada, injetaram os aldeídos nos ratos mutantes e compararam suas reações às dos ratos normais. Os ratos mutantes moviam suas patas mais do que os ratos normais.

Quando foram tratados com Alda-1, os dois grupos de ratos aparentaram sentir menos dor. Agora, os cientistas querem investigar se os seres humanos com a enzima mutante também são mais sensíveis à dor. Os resultados demonstram a importância da pesquisa básica para a medicina.

Fonte: Medical News Today

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