Clínica da dor e reabilitação em Porto Alegre

Como tratar o esporão do calcâneo, maior osso do pé humano

Como tratar o esporão do calcâneo, maior osso do pé humano

O calcâneo é o maior osso do pé humano, constituindo o tarso, estrutura funcional e anatômica da parte superior do pé e bem próxima do tornozelo. É ele quem dá forma ao calcanhar, sabia? Sua principal função é oferecer suporte para o nosso peso corporal, redistribuindo-o depois por todo o pé, quando caminhamos, saltamos ou corremos

Para isso, existe uma camada espessa de células queratinizadas, que são revestidas por almofada de tecido gorduroso, o que ajuda a impedir a desidratação das camadas inferiores da pele, amortecendo possíveis impactos. Conectado a diversos tendões, ligamentos e à fáscia plantar (membrana de tecido conjuntivo que se estende por toda a sola do pé), pode manifestar a condição do esporão de calcâneo, mais comum entre crianças e adolescentes.

Essa condição é resultado do crescimento anormal de um pequeno segmento do osso do calcanhar, formado na parte de baixo ou na região posterior desse osso, próximo ao tendão de Aquiles. Essa projeção óssea anormal é ocasionada por microtraumatismos que acontecem por encurtamento da fáscia plantar ou dos tendões, pois estas estruturas passam a exercer tração em excesso e de forma contínua sobre o periósteo do calcanhar, uma membrana resistente que recobre a face externa dos ossos.

Frequentemente, esse é um problema ortopédico sem sintomas. Em geral, o portador não apresenta sinais externos de inflamação como inchaço e vermelhidão. Quando se manifestam, a principal reclamação são as dores fortes no calcanhar, normalmente quando a pessoa se levanta ou depois de ficar por muito tempo em pé ou realizar atividades físicas intensas. Nesses casos, a dor pode ser tão forte que a pessoa não consegue se manter em pé. Outra associação é com a dor aguda e penetrante como a de uma facada, quando há pressão no centro do calcanhar, caracterizando inflamação crônica ao redor da lesão óssea. Alguns fatores de risco incluem:

– Idade superior aos 40 anos, pois a almofada de gordura que recobre o osso do calcanhar já está mais desgastada naturalmente;
– Obesidade e sobrepeso, aumentando a sobrecarga sobre os pés;
– Pés cavos, com curvatura muito acentuada;
– Pés chatos, quase sem curvatura;
– Uso de sapatos inadequados;
– Exercícios físicos com forte impacto sobre os pés sem realizar alongamentos prévios;
– Doenças como fascite plantar, artrite reumatoide, osteoartrite e gota.

O tratamento clínico conservador costuma produzir resultados satisfatórios para os portadores dessa condição. O médico leva em conta as queixas do paciente e o histórico familiar, visando ao alívio da dor e ao controle do processo inflamatório. Há uso de compressas de gelo, além de repouso e elevação do membro comprometido. Podem ser indicadas palmilhas ortopédicas de silicone sob o calcanhar para amortecer o impacto da pisada no solo, reduzindo a pressão sobre o esporão. Outras medidas que se mostraram eficazes são as terapias por ondas de choque, exercícios de alongamento e fisiatria.

Há casos que necessitam de infiltrações locais de corticoide (mais raros) e de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. A cirurgia fica reservada somente em quadros graves, que exigem remoção do esporão, quando os outros métodos falham. Seguir algumas recomendações gerais pode ajudar a prevenir o problema:

  • Sempre comece atividades físicas com alongamento e interrompa quando houver qualquer sinal de dor no calcanhar;
  • A escolha do melhor calçado ao tipo de exercício praticado é fundamental;
  • Controle seu peso corporal;
  • Recidivas do esporão costumam acontecer quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes na eliminação dos fatores de risco, fique atento.

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