Dados da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) apontam que 39,2% dos atletas sofrem com lesões musculares e outros 17,9% sofrem com torções. Apenas 24,1% se lesionam em colisões ou quedas. Conclusão: a maioria das lesões sofridas por atletas está associada à rotação e explosão muscular. São lesões por repetição, esforço exagerado ou falta de preparo para a prática de determinado exercício físico. O estudo da UNIFESP também revela que 72,2% dos traumatismos acontecem nos membros inferiores, como joelho, tornozelo e coxas. A seguir, confira as lesões esportivas mais comuns.

Entorse de tornozelo grau 3

Lesão ocasionada pelo movimento de inversão, a entorse de tornozelo grau 3 acomete atletas de quase todos os esportes. É causada quando a pessoa pisa em buracos ou vira o pé após saltar, entre outros motivos. Divididas em três graus, de acordo com a gravidade e extensão da lesão, a entorse de tornozelo grau 3 afeta ligamentos, reduzindo a amplitude do movimento e provocando extrema dor e frouxidão que ligam os ossos.

– Tratamento: repouso e imobilização de 1 a 2 semanas. A reabilitação física pode começar imediatamente para melhorar a mobilidade, inchaço e dor. Após 3ª semana, deve começar o fortalecimento muscular intensificado.

Lesão do menisco medial

As lesões meniscais são comuns nos joelhos, com maior incidência na parte de trás do menisco medial. São causadas por sobrecargas na região e execução inadequada de movimentos. Geralmente, a rotação com o joelho semidobrado é o que leva à ruptura do menisco – o que acontece muito no futebol.

– Tratamento: com duração de 4 a 6 semanas, o tratamento médico pode ser acompanhado por reabilitação física caso não exista nenhum bloqueio dentro da articulação, que impeça a pessoa de dobrar e esticar o joelho. A reabilitação física é realizada para restaurar a força muscular, equilíbrio e amplitude de movimento do joelho lesionado.

Ruptura do ligamento cruzado anterior

A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das lesão mais temidas entre os atletas. É causado pela entorse do joelho e, na maioria das vezes, pode levar à necessidade de cirurgia. A função do LCA é estabilizar o joelho contra as rotações e contra a anteriorização da tíbia.

– Tratamento: após a realização da cirurgia, a recuperação leva, em média, de 6 a 8 semanas. Pode ser indicada sessões de reabilitação física para trabalhar o ganho do movimento, e reduzir a dor e o inchaço. Após algumas semanas, a reabilitação evolui para exercícios de força e estabilização, com o objetivo de dar condições para o atleta às suas atividades esportivas.

Lombalgia

Dores na costas indicam lombalgia. A lesão pode ser causada por problemas na coluna vertebral, como protrusões discais ou hérnias de disco.

– Tratamento: reabilitação física e pilates são os tratamentos mais indicados para problemas na coluna. No caso de confirmação da lombalgia, será preciso repouso e tratamento intensivo com reabilitação física.

Ruptura do manguito rotador

Junção de quatro músculos que atuam na movimentação do ombro, o manguito rotador é responsável por elevar o braço e rodá-lo para fora. Uma lesão pode ocorrer devido a um trauma forte ou um esforço repetitivo em esportes como luta ou tênis.

– Tratamento: a gravidade da lesão no manguito rotador indicará qual o melhor tratamento. Quando a lesão é grave (rompimento do tendão por completo), é indicado o procedimento cirúrgico. Após a cirurgia, recomenda-se a realização de reabilitação física de 4 a 6 meses.