O uso excessivo de smartphone pode provocar danos ao corpo humano. Por exemplo, se a pessoa sente constantes dores de cabeça, um couro cabeludo extremamente sensível ou um incômodo atrás de um olho, a culpa pode estar no uso indevido do smartphone.
Segundo especialistas, os casos de “text neck” (“pescoço de texto” na tradução livre), dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em posição indevida para visualizar a tela do celular, são cada vezes mais comuns.
O problema ocorre de tanto a pessoa inclinar a cabeça para frente da tela do celular, criando uma pressão intensa nas partes frontal e traseira do pescoço. Além de provocar cefaleias cervicogênicas, o “pescoço de texto” também pode levar a pessoa a sentir dores no braço e no ombro.
Em alguns casos, esse problema pode se agravar, levando a uma condição de nevralgia occipital. Trata-se de uma condição neurológica em que os nervos occipitais (que se estendem do topo da medula espinhal até o couro cabeludo) ficam inflamados ou lesionados.
A nevralgia occipital pode ser confundida com dores de cabeça ou enxaqueca. Mas é um problema comum a pessoas que usam muito laptops, smartphones e tablets. Elas começam a sentir uma tensão na parte frontal do pescoço e uma fraqueza na parte traseira do pescoço.
A dor provocada pela nevralgia occipital pode ser intensa, como se o pescoço estivesse “queimando”. Começa na base da cabeça, se estendendo por toda a parte superior (couro cabeludo). Em geral, as dores começam na parte de trás da cabeça, no nervo occipital. Mas podem surgir acima dos olhos.
A recomendação para tratar o problema é a mudança de postura no momento em que se mexe no smartphone, além de evitar o uso excessivo dele. Na hora de usar o celular, procure sentar na vertical e levantar o smartphone ou utilizar um suporte para que ele fica em uma altura adequada.
O tratamento do problema inclui correção de postura, massagens e remédios anti-inflamatórios – em casos mais graves, medidas mais drásticas podem ser tomadas. Mas a prevenção é a melhor alternativa: diminua o uso do aparelho e use-o mais próximo da altura dos olhos.